Minha terra
Meu Porto Verde Alegre
Nasci em Porto Alegre
cidade que escorre
em minhas letras
em meus versos
em minhas travessuras
em meus ais
Passei muitos anos
olhando pro feio
das ruas
do cimento
das banalidades
do orgulho
Quando abri os olhos
(coisa boa a maturidade...)
tirei alguns véus
e o que vi?
A cidade mais arborizada
Pessoas de todas as idades
no trem com livros abertos
O estuário-rio-laguna Guaíba
(nunca chegam a uma definição...)
pôr-do-sol
tão poético
Pessoas tão trabalhadoras
que lotam os coletivos
lendo POEMAS NO ÔNIBUS
Música Popular Gaúcha
com muitos tons e ritmos
o gaúcho da cidade
dança e canta nas praças
chimarrão na mão
e o prazer de viver na Capital!
Anorkinda
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CAIS DO PORTO (ALEGRE)
História
Memória
nas pedras
vitória
Calçadas
Pisadas
nas vidas
relembradas
Águas
Mágoas
no passado
remoídas
Anorkinda
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Churrasco nos domingos
Gaúcho
carnívoro
herança dos pampas
das gauderiadas
Tradição
costume
folga da cozinheira
da semana
Música
maionese
discussões políticas
na mesa
Aperitivo
farinha
gremista e colorado
num abraço
Churrasco
de costela
desde a infância
digerindo
Um dia
ainda me vingo
e implanto
o espeto vegetariano!
Anorkinda
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Do calor
Abrasador, sol de verão.
Sem praia, mormaço.
A sensação desoladora
à espera da brisa.
Arrasador, na contra-mão.
Não há grande amor
que se sustente neste rincão!
Anorkinda
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Guria Estrela
Em ritmo gaudério
do céu gelado,
gaúcho
Ela vem, império
de invernada,
poncho
Frio e refrigério
de emoções,
veio
Freio e mistério
nos corações,
rio
Rio Grande do Sul
solo pisado,
amor
Anorkinda
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O BRILHO NA ÁGUA DOCE
Como teus olhos...
doces verdes
A água de rebrilhos...
sóis raios
Poetizou o tom...
amizade e dom
Como meus versos...
simples rimas
A água sem avisos...
ventos brisas
Suavizou a tarde...
na grande cidade
(um passeio em PORTO ALEGRE - RS)
Anorkinda
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Oito ou oitenta
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Rio Grande do Sul
Vem...e toma um mate, poeta!
é amargo do início ao fim
mas é quente e aconchega o peito!
Sorva...e sinta o espírito pampeano!
é região fria do vento Minuano
mas é quente a conversa ao pé do fogo!
Divida...que a cuia de erva-mate
é sinal de amizade e quem trova
com gaúcho vai ouvir muita barbaridade!
Prepare-se...pois aqui o povo também
é quente, de opiniões radicais
por aqui tudo ou é 8 ou é 80!
Acostume...pois no verão o sol racha
no inverno o frio enregela
e a gauderiada não tem experiência
com tempo morno!
Mas, aprochegue-se...te empresto o poncho
o mate e minha atenção, me diga...
de que cor tu acha que é meu coração?
Anorkinda
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SANGUE GAÚCHO
O sangue da gente daqui
é igual ao de todo mundo...
O que muda são os genes.
Gene de imigrante,
corajoso e audacioso,
cruzou o oceano com esperanças
Gene indígena,
força pulsante da terra...
Clamou por seus direitos.
Gene africano,
valente e submetido,
libertou o grito das entranhas
Gene miscigenado,
português e espanhol...
conquistou e plantou
Uma raça com sede de cultura!
Anorkinda
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Solzinho de inverno gaúcho
Solzinho tímido
longínquo
Pouco aquece
mas arrefece
a gélida manhã
Inverno gaúcho
impiedoso
Pouco esquece
ou enternece
o fustigante vento
Solzinho fraco
procurado
Pelas praças
ou jardins
com um bom chimarrão
Inverno do sul
brasileiro
Pareces bonito
mas te assisto
de perto e não sou fã
Anorkinda
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Um chopp com MPB
Aqui nas terras gaúchas
Um violão e muita canção
É um prazer em comunhão
No barzinho, noite fria
Um chopp e afinação
É um convívio em bênção
O ritmo doce e popular
Um sorriso e composição
É um querer a curtição
No acorde da amizade
Um coro e muita paixão
É um delírio a satisfação
Anorkinda