OUTROS
com meu corpo em pedaços,
tropeço em pedaços de mim,.
às vezes não chego ao começo,
às vezes não passo do fim.
minha vida cigana
trilha cigana em mim
sempre me abandona
sem princípio, meio ou fim
dizem que falar de tristeza,
é juntar toda coisa ruim,
alguém me juntou na cabeça,
e de repente me escreveu assim.
sensível, sem eira nem beira
com medo da palavra ruim
penso tanto, até dar tonteira
e juntos os versos assim
e assim vou enganando o tempo,
que é enganar só a mim,
pois, não existe hora sem relógio,
não existe vida sem fim.
Carlos Rocha e Anorkinda
..................................................................
A NOITE DO AMOR
................................................................................
A valsa de hoje
Não me importo com proibições
Ou de censuras das nossas canções
Só desejo suspirar
Durante o nosso bailar
Já dei ouvidos aos credos
Já afastei meus medos
Agora nado no mar turbulento
Com coragem e desprendimento
Hoje apenas exporto doçuras
ou as emoções das nossas loucuras
O pó das estações
é o sobejos das lamentações
Já alcancei experiência suficiente
pra não me sentir deficiente
Agora posso valsar
Contigo em suave embalar
Joseph Dalmo e Anorkinda
......................................................................................................
Algo que sinto
........................................................................................
AO DEDILHAR DA LIRA UMA CANÇÃO
Ando dedilhando notas de amor
nas linhas deste papel virtual
já esqueci qual é o personagem principal
da trama que embaraça toda a dor
Amo toda letra e toda a cor
que induza a sair da formalidade
e me introduzi no interior
da poesia com naturalidade
Assim, sigo firme e forte na lida
a poesia me faz apetecida
por um arco-íris de beleza infinda...
Vou tecendo em poemas muita luz
e embora sobre espinhos, mar e cruz,
ainda canto um Canto à noite linda!
Anorkinda e J.Udine
............................................................................................................
Brincando com versos e bolhas
...............................................................
BUSCO POR TI
Busca a improvável
aquele impossível
Quero teus sentidos
todos distorcidos
Desejo tua sintonia
aquela mais sadia
Luto pelas sobras
todas salobras
O improvável não sou
e muito menos impossível
Posso ser até invisível
sou aquele que te amou
Junto tuas sobras com esmero
formando um só inteiro
Posso ter todos os cheiros
mas o teu é o que quero.
Anorkinda e Joseph Dalmo
............................................................
Centelhas do Tempo
O futuro ali está
A um minuto de nós
Um passo à frente
Ao alcance das mãos
Aliás, mostra-me as suas
Esquerda, direita ou as duas
Te direi o que te espera
A verdade nua e crua
Por detrás do destino
nas linhas que te marcam
Te digo o que crias:
A realidade e o desatino
O futuro aqui está
no próximo segundo
ele quase não existe
é tão efêmero!
Célia Sena e Anorkinda
................................................................
CÉU DOURADO
................................................................................................................................................
CHUVA DE FELICIDADE
Da terra do arco-íris caiu uma chuva água abençoada de cores derramadas
Os seres encantados trazem presentes da Terra do Nunca
Lugar onde os sonhos nunca acabam
Fartura e abundância em jarros de barro
Amigos trazendo os pedidos com sorrisos escancarados
Noite estrelada nos olhos sonhadores, uma chuva de sonhos colore o céu
Nós, extasiados dançamos na suprema alegria da Terra Elemental
Chuva colorida, que torna a Terra fértil de felicidade
Os sonhadores plantam sementes de cristais
E os criadores conduzem seres alados Universais
Todo o céu está tomado de divina inspiração, dir-se-ia que lá é outro mundo
Assim como aqui é o próprio mundo, dos sonhos alcançados em harmonia
Nessa comunhão mágica todos possuem a dádiva da alegria!
SIRIUS A & ANORKINDA
...................................................
CONTÍNUA COLISÃO
Cometa em colisão
Com a estrela cadente
Carente de paixão
Chora a lua inocente
Poesia em conexão
com o céu ardente
Ambiente de ilusão
O rastro incoerente
Simetria dissidente
Terno mastro de ilusão
Realidade inexistente
Eterno astro compaixão
Amor penitente
Sideral mar de desconexão
O verso insistente
Em rota contínua de colisão
Heitor Murai e Anorkinda
.......................................................................................
.....................................................
Crochet do amor
Quero tramar
um guardanapo
modelo circular
igual verso guapo
Pra encantar
não só o olhar
mas também
fazer o bem
e bem no meio
um epigrama
em ponto cheio
marca que se ama
as gotas de perfume
de aroma seco cítrico
é o arranjo mítico
pra certo alguém!
Anorkinda e Vania Viana
.......................................................
CÚMPLICE
Minha poesia me molda
Faz de mim barro, me cria
No vão do nada é o tudo
Aplaca a dor da alma minha
O verso revela meus sonhos
Cúmplice de amor sem fim
Já não me sei sem ser poesia
Eu estou nela e ela está em mim...
O poema revela lugares
de luz e poucas sombras
É tão libertário em cores
Alforria-me da penumbra
Minha lira me acomoda
Em fluido cor-de-rosa
Estou assim mergulhada
Na poética mais gloriosa
Michelle Portugal e Anorkinda
.....................................................................
Dança & Encanto
Aqui viemos pra bailar
neste papel virtual
Com versos a nos embalar
Num lirismo musical
As portas já estão abertas
Valsemos o nosso versar
Com letras e rimas sem normas
Sempre novas descobertas
Brincando com todas as formas
Poetas dançando a sonhar
Palavras voando libertas
Estabelecendo seu reino
Antes do encanto passar
Mulheres se postam espertas
Sorriem sempre e sempre belas
Adocicando seu gentil par
Mãos tocam-se cobertas
Por luvas de fino rendado
Amigos em doce enlevar
Rimas versando despertas
Um novo e rico festejar
Bailando por entre as estrelas
Brotando emoções reais
Nas linhas do poema virtual
É graça que nunca é demais
Em regozijo pleno e total
Celso Mendes e Anorkinda
........................................................................................
Daninho amor
O amor... Uma aranha, que em sua teia,
captura o coração puro... Incauto.
Ingênuo ... Ao se ver no visgo preso,
se oferece sem pensar ao holocausto.
Morrer de amor, o coração anseia.
Da teia do amor, ninguem sai ileso.
O amor... Um tom, canto de Sereia,
enfeitiça em ardor profundo... Arauto.
Ímpio... Hino esticado e teso,
se insere sem misericórdia ou fausto.
Mergulhar na magia que permeia
a ilusão Sereia, é afundar com o peso
de um banquete mórbido e lauto.
Vera Feliz e Anorkinda
..........................................................................
DOANDO FELICIDADE
......................................................................................
Doces mistérios
Zunem os insetos nas noites quentes
Enviam mensagens, doces mistérios da noite
Falam do antagonismo da noite e do dia
Contam os segredos da lua que míngua
Nunca entendo seus insistentes cantares
Inquietamente pergunto às estrelas
Mas elas não piscam no código humano
Queria entender a Universal língua.
Ouço a linguagem que perfura a solidão...
Em silêncio escuto tudo que está por perto
É um mundo nosso de tocar com a mão
Mas não consigo perceber o tom certo.
É uma música que se mistura, entra no coração
Mas é tocada por outro artista, em outro diapasão
É o uivo dos ventos, a canção da cascata
E a alma pequenina não percebe o mistério dessa sonata.
Anorkinda e Carmen Vervloet
.................................................................................
Entre as nuvens
.........................................................................
ESCOLHENDO AS MÁSCARAS
Prisão é meu viver
ter de conviver
em sociedade
fria e banal
Que máscara escolho?
Que emoção demonstrarei hoje?
Sem saber se expando ou encolho
e não me sinto normal
Máscaras do meu ser
é o que podem ver
nenhuma realidade
nem bem e nem mal
Que emoção me permites?
Que máscara queres ver hoje?
Qual a cara que admites,
Quando nenhuma delas é igual?
Anorkinda e Wasil Sacharuk
....................................................................................
EU
Guio-me por ruas que não conheço
dou meu beijo a quem não tenho apreço
esbofeteio quem amo, sou só enganos
Eu voo pelos céus e não tenho asas
sou andarilho e tenho mil casas
rezo para conquistar desejos profanos
rio das minhas dores, sou só enganos
Na poesia, destilo falsos perfumes
em noturna vigília caço vaga-lumes
envolta em delírios mndanos
gargalho das horas e dos profanos
Eu desfio pétalas de rosas
me permito ideias rancorosas
falo abertamente meus planos
não aproveito meus melhores anos
Alexandre de Paula e Anorkinda
..................................................................
InSôniando
Revejo o escuro das noites
embrulhados em poesia
Transcrevo o brilho da lua
em marotos versos
Gosto do uivo dos ventos
embalados em melodia
Transito entre pirilampos
em madrugadas reversas
Pergunto para os instantes
onde está quem eu queria?
E não há sequer um brilho
nos olhares mais diversos
Então vou juntando letras
que a minha saudade cria
Até me envolver o sono
deixando mágoas dispersas
Anorkinda & Sônia Tarassiuk
.......................................................................
Levantemos um brinde à poesia!
Degustar doce vinho,
saborear cada gole
compassadamente,
dividir a poesia do carinho,
brindando cada verso
alegremente.
Poemas em chuvas de prata,
o doce versejar do porto,
o vinho poético em finas taças
provar da boa companhia
sabores...
sabores da realidade ,
sabores da epopéia ,
sabores da liberdade,
sabores de amores,
sabores da fantasia,
brindando nas taças da alegria
a amizade que contagia!
TIM TIM!
Aglaure Martins e Anorkinda
....................................................
LÍQUIDO E CERTO
Líquido e certo
tudo na medida
mas, no fim,
tudo incerto!
Mesmo seguindo
trilhadas regras,
o individual
segue luzindo
É tão líquido
e certo o valsar da vida
quanto o curso de um rio
caudaloso e límpido
Mesmo luzindo
dourados reflexos
a vida, imprevisível,
vai seguindo...
Alessandra Felício e Anorkinda
........................................................................
MINHA POESIA
Minha poesia me molda
faz de mim barro, me cria
no vão do nada é o tudo
aplaca a dor da alma minha
O verso revela meus sonhos
cúmplice de amor sem fim
já não me sei ser sem poesia
eu estou nela e ela está em mim
O poema revela lugares
de luz e poucas sombras
é tão libertário em cores
alforria-me da penumbra
Minha lira me acomoda
em fluido cor-de-rosa
estou assim mergulhada
na poética mais gloriosa
Michelle Portugal e Anorkinda
..................................................................
NO PÉ DA VALSA
Um sobrenome de renome
me tirou pra valsar...
Veio curioso, com fome
em seu versar...
Apressei-me na dança
e mostrei-lhe o lugar...
Um salão iluminado
por poemas a piscar...
Brilhava muito mais
uma mulher tão bela
superava as demais
como saida de aquarela
Nos passos do baile
leve, parecia levitar
lhe falei em braile
era tão fácil lhe amar...
Esqueci das poetisas
e de todo versar
plena e embevecida
neste terno bailar...
A sorrir, num tonteio
deixei-me levar...
pelo poeta alheio
perdido em meu olhar...
O seu perfume natural
o clima cálido do bolero
este jeito seu, sensual
é tudo que mais quero
Poetisa também na arte
de dançar tão linda, solta
não tem como separar parte
na minh'alma. está envolta...
Anorkinda e Gustavo Drummond
.........................................................................
O VOO DA IMAGINAÇÃO
Dia de vento, outono
E a menina quietinha
balançava sozinha
observando
o voo contínuo das folhas
Temporada especial de mistérios
Momentos silenciosos
Envolta em pensamentos ociosos
Esquecida de tudo em seu semblante
Alegria, saudades... Quimeras...
Dia ensolarado, esperança de vida
Pobre menina, alma livre
Em corpo infantil, revivia
A solidão que em seu peito se fazia
Queria em sua vida, um pouco de matiz...
Fechou os olhos e sorriu feliz
Na imaginação corria
solta e faceira a aventura mais deliciosa,
a história da princesa mais primorosa
Esquecia assim todas as suas esperas...
Anorkinda e Angela Chagas
..................................................................................
OFERECENDO-TE TERESAS
Não te desejo peias
Não lastimo a vida
Não me prendo em teias
No meu jardim, quero margaridas...
Desejo-te liberdade
Ofereço-te belas Teresas
Menina de tranças macias
Novidade em lençóis de seda, que beleza!
Não te quero em dúvida
Agarre esta saída
pela janela da vida
Por minhas mãos oferecida
Quero-te sorridente
Linda menina
Jogando-se no sonho
dourado de ser plenamente realeza!
Angela Chagas e Anorkinda
..........................................................
POESIA E CANTO
Quando canto pulsa
arrebata o peito
a poesia
É quando o verso pula
foge do papel
em sintonia
No meu canto, expulso
culpado pelos meus feitos
destilando nostalgia
Já não me cabe recurso
afogado está meu peito
neste mar de poesia
Anorkinda e UnderPoeta
.........................................................................
REPETECO?
....................................................................
Restauração...
Esse tempo não é meu
A ampulheta se gastou
Tanta areia corroeu
Até o amor que restou
Fora do tempo tu nasceu
Homem que abusou
De tanta colheita que roeu
Até do amor que ceifou
Eu me procuro e não me encontro
No espelho uma imagem distorcida
De um alguém que não sou eu
Neste lugar que não é o meu
Faço uma reflexão
Busco em mim o que restou
Uma recata do que não falhou
Um novo e mesmo ser nasce então...
Da plantação de que me fiz
Do valor que te formou
Refogo em miscelânia de sabores
Que mostrará quem sou e onde estou
ANORKINDA E LÉO MESSIAS
..............................................
Saborosa Inspiração
...............................................................................
.....................................................
Sem segredos
Dança, peça bis
Alcança, aprendiz
garatuja na pedra
pinta tua testa
Disfarça, assovia
Refaça, amacia
de lambuja ofereça
a mais linda peça
Pinte, borde, venha,
não se detenha,
não precisa de senha,
se liberte, com ardor...
Salte, pule, sem medo,
não existe segredo,
no circo abstrato da vida,
voce é o principal ator...
Anorkinda e Kleber Bernardes
..................................................................
SIMPLICIDADE
Me surpreendo quase sempre
quando sinto o frescor morno
de tua doce simplicidade
Inventos de claridade
redescobrindo o contorno
e a quentura da amizade
Momentos de criatividade
colorindo o belo adorno
de nossa cumplicidade
É simples partir o pão
celebrar a alegria
no abraço de um irmão
É lindura, é riqueza
fazer o coração
sentar à mesa
No poema de ocasião
tudo é pura singeleza
aquecendo a emoção
Anorkinda e Aline de Mello Brandão
.............................................................................
Só ao Sol
Aproveito-me
da elasticidade
da vida, dos dias
e duplico-me
toda vez
que, faminta,
mordisco poesias
enquanto o Sol
me visita e me tatua
no chão da varanda
Não estou só, apenas nua...
Anorkinda e Daniel H.M. de Carvalho
.................................................
Tricot da amizade
quero tricotar
um agasalho
modelo antigo
pro pescoço
de alguem...
que o esquente
e sinta o cheiro
da mão tecelã
que lhe dedicou
quero emendar
minha amizade
em ponto bonito
num carinho
que faz bem
que a gente
fique mais unida
como duas irmãs
que Deus aliançou
Vania Viana e Anorkinda
......................................................................................
.........................................................................................................
VALSANDO NO ESCURO
Valsávamos, suavemente, na escuridão
Seguindo o ritmo da valsa do universo
Com uma cadência perfeita, imersos
No breu que nos invade o coração
Dilatávamos as nossas pupilas esperançosamente
Para que víssemos o que não se nos mostrava
No entanto não o víamos, a porta se fechava
Para que oculto continuasse o que se sente
Às cegas, nossos passos seguiam a intuição
não chamamos a razão como guia mestra
nem nos preocupávamos nesta festa
que condensava-nos em suave percepção
Às estrelas, que escondidas, silenciosamente
Nos observavam, mandávamos sorrisos
marotos de felicidade e sutis avisos:
Não brilhem, por ora...estamos felizes!...Tão somente!
Alexandre de Paula e Anorkinda
......................................................
VEM, MEU ANJO
Qual Ícaro, nas alturas,
vejo céu e vejo mar...
Mas não vejo o meu anjo,
que está na terra a sonhar...
Vem, ó flor, n'asa do sonho,
faz-te linda borboleta,
vem comigo voar e sonhar,
minha bela Julieta!...
Vem,vamos posar à luz
do belo e tépido sol,
antes que minhas asas derretam,
vem antes do arrebol...
Vamos ficar bem juntinhos
nesse sonho suicida...
Que por amor, despencamos,
no mar que trouxe à vida...
Vamos nos amar n'água
tépida dos prazeres
navegar no belo oceano
poético dos dizeres...
Vem dançar comigo
em baile surreal
transformando-nos
em porção fractal...
Vem embelezar meu canto,
garantir felicidade
dos amores mais plenos...
Vem, minha necessidade!
J. Udine e Anorkinda
.................................................
Versos e estrelas
Lá das estrelas
pingaram versos
eram de luz
dos anjos espertos...
Aqui na Terra
encontraram-se poetas
vindos de Sírius
expostos à festa...
Na celebração
da vida bendita
envolvidos pela
cadência bonita...
Amor e vida
Paixão e alegria
Vivamos veementes...
Tudo pela poesia!
Anorkinda e Adriano Ota
..................................................................
Você e eu
De encontro àquela melodia
nos acercamos em emoção
intento de alcançar a harmonia
dois poetas, verso na mão
Você na palavra e eu no desejo
eu na palavra e você no beijo
Ser o poeta na poesia
as rimas românticas
solitários guerreiros do amor
resgatando a solidão
e um pouco de insensatez
Você na palavra e eu no beijo
Eu na palavra e você no desejo
De evoluções em dança
nos vestimos de fantasia
intento de tocar a esperança
dois malucos, mente vazia
Vejo a utopia
na ilusão rimbaudiana
Dê-me um motivo breve
de minha embriaguez
delírio só há com você
Anorkinda e P. Viajei