de S a Z
SER DIFERENTE
S ei de coisas imprecisas
E rro por vezes infindas
R etiro palavras do vácuo
D izem não saber da
I mprecisão.
F alam que errar
E xpõe perigosamente.
R esumem a vida
E m frações igualadas.
N ão acreditam que palavras
T ocam o vazio
E encontram a amplidão!
Anorkinda
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SELENE
S ublime divindade
E ncontra no céu,
L ua de humanidade,
E strelas ao léu...
N o mar da serenidade,
E stonteante véu!
Anorkinda
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SEREMOS
S ou mutante
E m mutação constante
R evelo pouco
E m ruído rouco
M útua rotação
O utros em transformação
S empre seremos o que quisermos!
Anorkinda
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Serenata do adeus
S ensíveis timbres
E ncontraram ecos
R eais e ilusórios
E nquanto a música
N ão define o caminho
A mores se vão
T antos outros vem
A tordoando as dores
D o acaso espero
O s brindes
A finando vozes
D eclaram-se versos
E de toda história
U ma lágrima
S antifica as saudades
Anorkinda
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SILÊNCIO
S into o Nada,
I nvoco o Todo.
L eio no Nada
Ê nfase no Todo.
N o Nada mergulho...
C rio no Todo.
I luminada
O uço o silêncio.
Anorkinda
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SILENCIOSOS
S ólidos pedaços de tempo,
I ncólumes aos ataques,
L evam neles, os sofrimentos.
E ncobertos, os sentimentos
N ão esmorecem em achaques,
C uidam-se no sopro do vento.
I ntempéries são passatempos,
O tom nos atabaques,
S ilenciam o pensamento.
O poder da vida no firmamento
S alvaguarda da morte, o saque.
Anorkinda
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SINTONIA
S uaves ou estrondosas
I nconveniências ou
N atural convivência
T ecemos frondosas
O ndas telepáticas
N os momentos onde
I ncomuns ventos
A tropelam as palavras
Anorkinda
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SÍRIUS
S inal celeste,
I nfluência divina...
R evelação celeste,
I rradiou menina...
Ú nica e celeste,
S emente cristalina...
Anorkinda
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SONHADOR
S emeando sorrisos
O s meus lábios
N em perceberam...
H oje amanheceram
A ngustiados
D oloridos
O nde ficaram os doces
R eflexos do amor?
Anorkinda
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SONHOS
S igo embarcações
O ndulantes
N avego em mares de
H álitos dourados
O scilo entre águas de
S ereias fascinantes
Anorkinda
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SONHO AZUL
S airei flutuando em devaneio
O nde o pensamento me levar
N as curvas do vento e do tempo
H oras não verei passar
O s sentidos estarão de folga
A finarei os assovios da saudade
Z unindo como libélulas
U m doce e pequeno silvo
L ançarei suspiros musicais...
Anorkinda
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SORTE
S empre ali, sem ser vista
O nde está... várias pistas
R odas perdido e o
T empo todo
E la te pisca!
Anorkinda
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SOSSEGO
S ujeito minha mente
O nde sempre há tormento
S ilencio arbitrariamente
S onho murmúrios no vento
E ntro em mim sumariamente
G ozo morno e lento
O nde medito tranquilamente
Anorkinda
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SUAVE
S imples e sem jeito
U m dia assim perfeito
A manheceu uma pluma
V entilada no teu peito
E nterneceste com efeito
Anorkinda
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TEMA LIVRE
T antos abraços
E ntrecruzados
M ostram-me poesia
A alma extasia
L aços e entrelaços
I mportantes
V ertem melodias
R isos de amor
E amar é mania
Anorkinda
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TERNURA
T antos gestos
E nternecidos, encantados
R ios de sentimentos
N ascidos e acalentados
U ngidos na alma
R icos e abastecidos
A limentados de carinhos
Anorkinda
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TERRA PLANETA ÁGUA (Acróstico)
T e tenho em mim
E ntranhada
R io em mim
R osada
A lvorada
P lanto em mim
L etras
A maldiçoadas
N um rio em mim
E spaçonaves
T estemunhadas
A lucinadas
Á spera em mim
G erminada
U ma vida em mim
A bençoada
Anorkinda
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TRAVESSIA
T emas e pudores...
R omanceiam
A lguns senhores,
V ias e passagens
E ncaminham
S eus terrores.
S uaves imagens
I mpressionam
A liviando temores.
Anorkinda
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Um belo amanhecer
Ultrapassei fronteiras tantas
Minhas noites tão densas...
Barricadas de travesseiros
Encobriam a luz da janela
Luminosidade nem sempre
Ocultada ou bem-vinda
Arrefeci sentimentos tantos
Meus solitários deleites...
Almofadas de solidão
Nem sempre satisfaziam
Humores carentes de chamego
Empobreci sofrimentos tantos
Cuidados em noites sepultadas...
Enquanto me entretive em cobertores
Ranzinzas o amanhecer me chamava...
Anorkinda
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UM GRANDE AMOR
U m olhar, uma canção
M eu pobre coração
G olpeou no sopro
R ebelde de um amor
A manhecido em primor
N atureza tempestade
D errubou potestades
E nraizou na emoção
A vassalador
M eu refúgio e valor
O nde proclamo
R adiante o quanto te amo!
Anorkinda
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VALENTE
V inhas por um caminho seguro
A proximei-me insegura
L uziste por um segundo
E ncantei-me ingênua
N outro instante
T ocaste pra outra pessoa
E scondi-me, valente!
Anorkinda
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VENTUROSO ANO NOVO
V ais deixando o velho
E mbalado em fitas prateadas
N otável ano passado!
T eve atualidade e enredo
U m ano de afazeres
R imando os dizeres.
O ano de cabelos prateados
S egue cuidadosamente embalado
O caminho já passado.
A gora desembrulhe
N uvens brancas,
O ano novo de promessas!
N ovos temas e esquemas
O utros passos ou dilemas
V em chegando venturoso
O ano mais esperançoso!
Anorkinda
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Verdades entre aspas
V ãos tormentos
E scurecem os versos
R uins sentimentos
D estroem as rimas
A lguns momentos
D everiam ser calados
E nquanto esperamos
S ossegar o coração
E ncardidas cores
N em poderiam
T ocar poemas
R eversos sentidos
E stremecem amores
A nacrônico pensar
S uja a musa poesia
P erverte as liras
A ntecede os finais
S audosos do amigar
Anorkinda
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VERSOS
V ivi em poesia
E rrei de prosa
R epeti os verbos
S imulei provérbios
O bservei o Universo
S uspendi toda a teoria!
Anorkinda
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VERSOS CELESTES
V im aqui me transbordar
E ntre rimas e encantos...
R ondar pelas calçadas
S ombrias de desencantos...
O nde vagam paradas
S ereias sem seu mar
C éu azul de onde vim...
E nvolta pelos brilhos
L uas e constelações...
E xpandi-me nestes versos...
S ecretos trilhos
T enho desenhado em visões
E sperando pelos transversos
S onhos que nascerão de mim...
Anorkinda
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VIA LÁCTEA
V ia tua eternidade
I mitava tua serenidade
A mava tua imensidão
L uzia tua claridade
Á vida de perfeição
C umpria tua santidade
T riufante missão
E nvia à Humanidade
A mais sublime visão
Anorkinda
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VIDA MORNA
V ivencias uma rotina
I mposta e nada azul?
D ivides tuas horas
A custo de moedas?
M antém em ti uma criança
O u aprisionastes tuas cores?
R ia agora do ridículo que é
N amorar a vida da janela.
A dquira asas coloridas e plaine rumo ao sul!
Anorkinda
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VIVER SEM PRECONCEITO
V i por aí, pessoas diferentes
I mpassíveis diante de dificuldades
V itoriosas em dignidade
E speciais por natureza
R ebeldes em sociedade injusta
S olitárias muitas vezes
E mbriagadas pela vida
M ovimentando céus e terras
P recisas em suas crenças
R eafirmando o poder do pensar
E nluaradas pelos sonhos
C om fraternidade e amor
O ndulados pelo ar
N ão vi nelas preconceito
C isão ou violência
E mbelezadas pela paz
I mbuídas em sabedoria
T odas elas eram trabalhadores
O rganizados em pura luz!
Anorkinda