de C a D

 


Caminhos de versos

C om muito carinho
A poesia me acolheu
M e escolheu
I nspirou-me
N as mais diversas
H istórias
O rientou-me
S abiamente também

D e muitas maneiras
E smerilhei-me

V enci desafios
E ntreguei-me
R uidosamente
S em pudor
O u temor
S orvi a lírica toda

Anorkinda

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CANTA A CRIAÇÃO

C éu totalmente estrelado
A migos lado a lado
N o ar um murmúrio audaz
T odos pressentiam a paz
A pairar atrás daquela nuvem

A penas ela, tremeluzia...

C adenciada num ritmo
R aro, batida do íntimo
I nfluenciava às pessoas
A emoções boas
C antarolavam mantras
A s palavrastântricas
O som da Criação e do Bem

Anorkinda

 

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CANTAR

C ompondo sonhos
A legremente
N ada afinada
T irilinto a melodia
A doro devanear
R imando os dias

Anorkinda

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CENTRO DO AMANHECER

C uidadosamente
E ncontro as palavras
N onsenses de poeta.
T rouxe comigo um grito
R imando pretenciosamente...
O ndas sonoras do verso

D ebaixo do soluço
O choro emudeceu

A cordei as notas
M elosas do romantismo,
A ntigas fantasias
N ebulosas na aurora da vida.
H istórias agora crescidas,
E ncantando este renascer...
C ordas diáfanas de uma harpa
E squecida nos temores,
R emoídas de um sobreviver.

Anorkinda

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CERIMÔNIAS

C oncordas
E m participar
R eligiosamente,
I mparcialmente.
M anobras
Ô fegas e
N ocivas,
I nvariavelmente,
A rdilosamente
S ubordinativas.

Anorkinda

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CHÃO DE ESTRELAS

C aminho por este tapete
H á tanto brilho!
A s luminescências acendem
O lhares de deslumbre!

D elicio os passos
E m compasso cósmico

E smerilho o pensamento
S aciado de encantamento!
T ernos festejares
R eparto com estrelas
E nlouquecidas de magia
L uz e acarinhamento!
A s mais puras letras
S onharam esta poesia!

Anorkinda

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CHUVA

C aem líquidas
H istórias do céu
U ma a uma
V ão apagar 
A s memórias

Anorkinda

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CINEMATOGRÁFICO

C aia do céu
I ncrível escandaloso
N uma tarde de raios
E ncantado
M ovimente céus
A udacioso fascínio
T enha raios no olhar
O fuscante
G rave no céu
R aros rabiscos
Á vidos raios másculos
F ulgurantes
I ncendeie o céu
C harmoso irresistível
O rdene que te ame!

Anorkinda

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CÍRCULO DE PEDRAS

C ada forma circular
Í mpares formações
R etornam à energia
C ircundante da vida
U ma exposição direta
L oquaz e premente
O rdenada pela voz do inconsciente

D os tempos remotos
E xtraem mistérios

P ode cada círculo
E sconder ou mostrar
D ar ou tomar
R efazendo história
A o poder do Ser Humano
S enciente do que escolhe

Anorkinda

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COBARDE

C omo sinal de divina manifestação
O s teus medos fizeram-se meus.
B onitos, rubros, extasiada compleição...
A rrefeceram em mim, sonhos que eram teus,
R escendi em vivazes temores vãos...
D egluti os dissabores temerosos agora meus,
E squeci da coragem dos meus dias sãos!

Anorkinda

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COISAS DA VIDA

C arinhos e minúcias
O itavas superiores
I nebriam os amores
S erenizam tempestades
A braços e amizades
S egregam astúcias

D edicados timbres
A uras em deslizes

V ivências pressentidas
I mãs de experiências
D oces reminiscências
A fluem embevecidas

Anorkinda

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COM CARINHO


C antemos, amigos!
O cântico mais meigo
M ais enternecido de carinho...

C omo os bichinhos da floresta
A bracemos árvores
R indo as melodias mais doces...
I rradiemos nossa luz mais verde
N os recantos cinzas do planeta...
H oje cantaremos, amigos!
O s cânticos do mais poderoso amor!

Anorkinda

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CORAGEM

C om o coração, eu vivo
O nde ele indica, eu vou
R adiante, eu o sigo
A marguras, eu esqueço
G randes descobertas,
E u conquisto
M inhas vitórias, eu agradeço.

Anorkinda

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CORES E FORMAS

C onstruindo a história de uma vida
O bstáculos tomam formas diversas
R etangulares dormitórios
E squadrias em quadrado
S onhos circulares e espirais

E nquanto as cores se combinam

F estejando em ballet festivo
O riginais passos das cores
R osas para os amores
M atizadas de experiências
A marelados os passados
S uavizando as formas do aprendizado

Anorkinda

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CRIATIVIDADE

C orrendo pelas colinas,
R evisitando velhas neblinas
I nocentes versos
A madureceram... imersos,
T intos e sensíveis
I ncolores e impassíveis.
V ersos multicores
I nundados por amores,
D esencantos e entrelinhas.
A tordoados no espaço
D e algumas linhas,
E sperando fechar o laço.

Anorkinda

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CRIATIVIDADE POÉTICA

C éu de um azul iluminado
R eflete tons ensimesmados
I magens por mim desfocadas
A ngústia de mim arrancada
T enho gana revelada
I rascíveis ondas temperadas
V irtuais desejos abrandados
I rrefreado brado
D os versos me fiz serva
A lgemas-letras me conservas
D entro de uma certa razão
E nquanto o peito dá vazão

P oesias em poemas postados
O s silêncios da madrugada
É picos desfechos sublimados
T ingem imaginações
I ncendeiam paixões
C ada leitor submete
A chibatada que me compete

Anorkinda

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CURIOSIDADE

C om pequenos descuidos
U m ou dois resmungos
R isos e choros murmurados
I nstalei um código
O nde havia um vácuo
S e estou diante do novo
I nventado ou surpreso
D ilato meu sistema de busca
A ncoro informações diversas
D ivergentes até
E amplio meu mundo curioso.

Anorkinda

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DENGO

D elícias que o carinho
E nlouquece
N os afagos e chamegos
G ostosuras
O s amores espontâneos

Anorkinda

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DEPOIS QUE VOCÊ SE FOI

D espedi-me das risadas abertas
E nlouqueci-me em frases desconexas
P erdi-me entre os versos reversos
O ndulei-me sem cuidado nem nexo
I nvestiguei-me e descobri um medo
S urreal que vinha de fora de mim

Q ueria saborear-te em derrota
U surpar tuas rimas rotas
E squecer-te nas gavetas da memória

V asculhei-me em beatitude
O rgulhei-me de minha sobriedade
C osturei-me em retalhos puídos
Ê xtase foi o que tu saboreou

S em laços nem abraços
E spantou-me, recorrente

F iz-me desabafo
O rbitei-me
I nundei-me de vazio

Anorkinda

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DESEJOS

D oces palavras
E spaçam entre sons
S into as emoções
E nevoadas em mil tons
J á repeti anseios
O ndulando em megatons
S uave languidez das sensações...

Anorkinda

 

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DESMIOLADOS

D oidas palavras
E m mentes
S aturadas do pó de
M uitas palavras
I ncendiando emoções
O riginais e irreais
L á de dentro de um louco
A s novidades duras
D oem no peito das gentes
O diosas que lhe insistem
S er apegadas à razão

Anorkinda

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DESORDEM

D entro dos meus sonhos
E ncontro e perco
S ons e desenhos
O ndulo versos
R isos e rabiscos
D entro dos meus eus
E ncontro e refaço
M inha desordem

Anorkinda

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DEVANEIOS

D o etéreo ar onde vivo
E svoaçantes idéias
V agueiam a minha frente
A ssemelham a pirilampos
N éctares de luz
E spíritos idéias
I luminam meus passos
O ndinas sílfides salamandras
S onham enquanto dançam

Anorkinda

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DIAS VERMELHOS

D esde segundos
I magino encostas
A dmiro mundos
S em cores opostas

V enho a minutos
E screvendo versos
R efazendo brutos
M odelos reversos
E stes instantes
L igaram-me as vistas
H olográficas vibrantes
O nde sem pistas
S onhei em vermelho

Anorkinda

 

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DISTÂNCIAS

D evemos percorrer
I nternamente
S ofrer voluntariamente
T ristezas a escorrer
 nfora particular
N éctar a jorrar
C aminhos a escolher
I nevitavelmente
A mar verdadeiramente
S onhos a renascer

Anorkinda

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DOCE MENINA

D e vestido rendado
O lhar adocicado
C abelo arrumado
E flor no penteado

M imosa menina
E ncantada
N o raiar da vida
I luminada
N o frescor-menina
A bençoada

Anorkinda

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DOCES MOMENTOS

D egustes este instante
O delicioso néctar
C obertura picante
E beba de par em par
S olução inebriante

M isture-se à vida
O fio gostoso do mel
M áxima fruta ácida
E dilua choro e fel
N um nada purificador
T odo presente momento
O toque restaurador
S uave beijo-condimento

Anorkinda

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Duvidar

D uvidas
U m pouco?
V erdades...
I ntuições...
D uvidas
A inda?
R evelações...

Anorkinda