AOS POETA/AMIGOS

 

 

A FADA QUE EU NÃO CONHECIA

Cabelos pretos a escorrer
pelos ombros
Asas roxas a balançar
nas costas

Vibração plena a percorrer
todo o corpo
Emoções amenas a brincar
pelas janelas

Da alma e do coração
Aberturas francas
por onde ela entrou

A fada que eu não conhecia
me sorria
E acenava chamando-me
para a brincadeira

A amiga que eu merecia
e tanto queria
Me brindava, amando-me
de maneira serena

Anorkinda

(para Poetisa Lena Ferreira)

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À Fada das Flores

Certa vez uma doce fada
brindou-me com pétalas
era fada das flores
no prazer de perfumar

Ela trouxe-me alegria
e o cheiro colorido
da magia das flores
no prazer de encantar

Reconheci a honra
de ter por amiga
a fada das cores
perfumadas a exalar

Retribuí com letras
encantadas com amor
pelas coloridas flores
perfumadas a inspirar

Anorkinda
(PARA A POETISA MÁRCIA POESIA DE SÁ)

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 A poesia do poeta


Das alturas formosas da  poesia
fez-se fluido e entranhou-se
no peito luminoso do poeta

Envolvido pela inspiração divina
fez-se amigo e espalhou-se
no coração prestimoso da vida

Das canduras puras da poesia
fez-se rimas e enredou-se
no céu maravilhoso do verso

Anorkinda
(para Danniel Valente)

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Ah...amizade

Desde quando em saguão
de aeroporto a gente se viu
o sorriso brotou... não foi?

E aquilo que viraria
o nosso vício, os abraços
já se deram em braços
que se enlaçaram

Desde então, quando
dizes que vens eu vibro
o sorriso aquece...sabias?

E à quilo verte poesia
não na tela ou papel
mas no peito que à cinzel
esculpe essa linda amizade!

Anorkinda
(para Telma Moreira)

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Amigo do Norte

Você é aquele que me estende a mão
Você é amigo do pulsar do coração
daqi da outra ponta do país
sinto seu amor raiz

Você é amigo da poesia em emoção
Você é aquele que fala da paixão
aqui neste Reino Virtal
sinto também o real

É muito boa esta satisfação
de te encontrar, amigo-irmão
em verso nos poemas inspirados
no compartilhar dos poetas apaixonados

Anorkinda

(ao poeta André Fernandes)

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Amizade e poesia

Compartilhar nas madrugadas, das companhias
Celebrar com elas o prazer de estar vivo
Conduzir a alegria em harmonias

Notas musicais da poesia...

Anorkinda

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Angela

e teu incentivo?
posso buscá-lo
nas ondas
Iemanjá?

e teu carinho?
posso senti-lo
na brisa
Oyá?

e teu talento?
posso assisti-lo
na estrela
mais bonita que brilhar?

Anorkinda
(in memorian Angela Oiticica)

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ANGELA MARIA

Conheci uma menina
chamada Angela Maria
vivia ela escondida
dentro de uma mulher
forte e guerreira

Reconheci na menina
Angelinha Maria
a alegria de brincar
nos parques ao sol
balanço e escorrega

Acolhi a menina
chamada Angela Maria
na rima desajeitada
de um verso alado
alfinetada e cutucão

Escolhi uma menina
chamada Angela Maria
pra ser amiga
do meu coração:
chamego e gratidão

Anorkinda

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AVE PEQUENINA

Ave pequenina e ousada
timidamente apareceu
num Canto Poético
externando anseios

Apareceu varrendo
os erros e medos
e brincou com as letras
percorreu os veios

Ave pequenina e poeta
corajosamente mostrou
numa Ordem Poética
os tabus da feminilidade

Conquistou tecendo
versos e rimas
e convidou a todos
a ensinar-lhe a felicidade

Anorkinda
(A Viviane Ramos)

 

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BEIJOS MEUS ATRAVÉS DE MEU CAMINHAR

De hoje em diante,
repentinamente
afastados,
beijarei cada dia,
um por vez,
dedicando a ti
o gosto da vida
o abraço da filha
o ar em mim.

De hoje em diante,
paulatinamente
dedicada,
beijarei cada passo
de meu caminhar,
dedicando a ti
os sois e luas
as chuvas
as flores

por te amar
eternamente

Anorkinda
(para a viuvez de uma amiga)
 
 

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 CACHOS DE MEL

A Fada das Flores


Ela nasceu num lindo dia de sol, era o último de um ciclo. A fadinha cresceu delicada e feliz, trilhando o caminho de seus dons.
O jardim das flores estava mais claro e brilhante desde que ela surgiu, concebida numa planta de amor e luz. Ela era a promessa de cura e beleza.
Cuidadosamente protegida para que sua missão se encaminhasse plenamente em seu coraçãozinho sensível, vivia a fadinha a sonhar e a brincar...as melhores maneiras de absorver a vida...
No dia da escolha de seu nome, novamente o sol fêz-se forte e galante, a cerimônia ganhou raios dourados de energia e bendição. A Rainha das Fadas-flores estava radiante no sorriso orvalhado mais requintado que já se viu!
- Cachos de Mel, você é a fadinha mais preciosa deste jardim, o primor de seus dons artísticos vai nos trazer a paz grandiosa que tanto sonhamos. Seus cabelos encerram o símbolo deles...são dourados como os raios do sol que lhe abençoou e são cacheados como as ondas espumosas do mar que lhe dá vigor e inspiração.
A Fadinha, de contentamento, não cabia em si, já sentia mil vontades de escrever e desenhar e inspirar a todos num encantar!
Todos os amigos vibravam de alegria e dançavam no jardim-festa-florida que se fez cores vivas para agradar a Fada Cachinhos de Mel!
Trouxeram um violão e a Fadinha pôs-se a cantar e tocar conduzindo o festejo para a beira-mar. Chamou a lua e a festa prosseguiu noite adentro na areia, pétalas e pólens dançando em êxtase-fantasia!


A artista Fada das flores tornou-se repleta de arte e beleza e com a sensibilidade de sua luz feminina cumpriu o que dela se esperava: encheu o mundo com as cores de sua magia. Suas histórias e poemas e pinturas iluminam toda a cura que se dá no mundo sutil do coração!
Viva Cachos de Mel, a princesa da beleza!

Anorkinda

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Cardiais!

De manto vermelho
como a veste
sacerdotal

Topete vermelho
do pássaro
ornamental

Assim também o poeta 
de nome Cardiais 

De poesia seleta
refina a companhia

em luzes originais

Anorkinda
 

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COLORIDA FADINHA

Cores e cores e cores
sentia seus rumores
espalhando-se na tela
impregnando-se em aquarela

Amores e flores e primores
sentia seus teores
felizes em passarela
aprendizes nesta vida bela

Pisquei e devaneei e sonhei
sintonia afinava
diapasão elemental soava
explosão das cores que pintei

Chorei e chorei e chorei
sintonia especial
Avivada fadinha surreal
Obrigada amor, com você eu sonhei!

Anorkinda
(para Poetisa Márcia Poesia de Sá)

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De Orixás

Agora conectado ao coração
com tua cabeça erguida
novamente percebes
a trilha divina

Teu sorriso agora leve
leva a tua história
novamente entregue
à trilha divina

Agora bem-amado no coração
com tua fé a guiar-te
suavemente mudarás

Teu dia-a-dia agora breve
nas horas que correm
suavemente em águas

de Orixás

Anorkinda
(a AJCardiais)

 

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Distraída

Amigos, ouçam essa
e saberão um pouco
mais sobre Kindinha

Convenci as poetisas
a ficarem em Porto Alegre
ao menos por um dia

Pois aqui havia 
a Casa Rosa do Poeta
Mario Quintana

Tem seu quarto preservado
muita cultura e aconchego
no hotel que foi sua moradia

Mas, Kindinha, distraída
não reparou no calendário
e as amigas aqui passaram
no único dia solitário

em que a Casa faz seu feriado!

Anorkinda
(sobre a visita de Lena Ferreira e Angela Chagas)
 

 

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Divas

A visitar a diva gaúcha
da voz principal, mpb
As cantoras, leoas
inspiraram o clima

A cantar a canção
em voz ora firme
ora suave, leoas
brilharam a magia

da admiração que sustenta!

Anorkinda

(à visita de Arabela e  Amélia Veloso de Morais)

 

 

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Do Grande Udine

Sua poesia moderna
feita no século dourado,
Dois mil

Traz a perfeição das rimas
nas cismas de um viver
de sonhos

Te arrastas pelo chão
da poesia cotidiana
a experimentar

Traz religiosidade
mesmo sem querer
ser ritual

Tua poesia métrica
ética e cuidada
é exemplo de viver!

Anorkinda

(ao poeta J. Udine)

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DOCES CRIANÇAS

E sonham...sonham muito...
ensaiam a vida nova
que ganharam de presente...

E curtem...curtem juntas...
se deliciam em casa nova
natureza tão verdejante!

E riem...riem muito...
sentem à flor da pele
que se ganharam de presente...

E aprontam...aprontam juntas...
se poetizam na própria pele,
momentos tão emocionantes!

Anorkinda
a Marcia Poesia de Sá

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Energias que unem

Foi em extensão virtual
O meio que a energia
se conectou

Foi em êxtase total
Que tua poesia
me conectou

Foi em expressão real
A rima que vicia
me contatou

Foi em emoção surreal
Que minha lenda
nos contatou

Anorkinda
(para a poetisa Viviane Ramos)

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Estrelas em céu sereno

Rebrilhos faíscaram pelos céus
E uma paz contornou as estrelas
Era um manto sereno se acomodando

Carinhos tocaram os céus
E uma luz afagou as estrelas
Era um acalanto materno encantando

Madrinhas chegaram de outros céus
E presentes trouxeram às estrelas
Era um noivado abençoado se festejando

Fadinhas dançaram pelos céus
E magias aconteceram nas estrelas
Cada uma delas se transformando

Nas poetisas do céu sereno!

Anorkinda

(Às poetisas da comunidade do orkut - SERENÍSSIMA)

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Eu ando num vazio, que Deus me livre... (A.J.Cardiais)

Tem dias que os pássaros
não cantam, nem movimentam
os ares com seus voos livres

São os dias em que, vazio
eu não escuto ou mesmo vejo
a vida que se colore a minha volta

Tem dias que as flores
não desabrocham, nem perfumam
os ares com suas essências lindas

São os dias em que assovio
e não escuto ou mesmo beijo
e não estala nenhuma risada solta

a vida está num vácuo, que Deus me livre...

Anorkinda

 

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Fada Concha do Mar

A Márcia de hoje é só Mar...
ondas de saudade e solidão
fizeram um tsuname no meu coração
A maré estava forte
e levou-o de mim
hoje já nem sei se ele bate...
ou se só reproduz os sons que acostumou a ouvir...
tum...tum...tum...

Anorkinda
(para a Poetisa Márcia Poesia de Sá)

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Favinho de Mel

Ela era Rainha
do Carinho
Sua nobreza
era a beleza
que esbanjava
generosa...

Seu ninho
era um favinho
de puro mel
Sua Rosa
era primorosa
porque exalava
a doçura

de seu ninho de mel

Anorkinda
(para RosaMel)

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 FUI FELIZ


Naqueles momentos de cumplicidade
Nos instantes cheios de eternidade
onde compartilhamos beijos e humores

Naqueles dias de terna amizade
nas horas difíceis, realidade
onde juntamos as forças e as mãos

Naqueles raios de luminosidade
nos filhos, nossa continuidade
onde depositamos características e gens

Naqueles olhares de reciprocidade
nas lembranças da afetividade
onde trilhamos o Bem e a aprendizagem

Anorkinda
(ao ex-marido)
 

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Godila e as estrelinhas 


Estudava e suspirava
era menina
pequenina
e sonhadora

Escrevia e vertia
versos
textos
era inspiradora

Me reconheceu
no verde
da cura
nossas emoções

Minha amiga
das eras
esferas
outras dimensões

Godila-poesia
transporta
nas entrelinhas
suas estrelinhas

Anorkinda

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JÓIA DAS CORES

Em botão rosa
tão prosa
Linda em meio
ao feio
Brilhas luz
e seduz

Asas frágeis
invisíveis
Leves a voar
pelo mar
Levitas amor
e ardor

Coração artista
tão à vista
Linda em tela
e letra
Palpitas vida
e nos convida

Anorkinda

(Para a poetisa Márcia Poesia de Sá)

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 Lindo(mar)


Em tempestuosas ondas
vive ele a navegar
Lindo, coragem a esbravejar
contra as correntes

E nas noites de mar tranquilo
vive ele a contar
as estrelas do firmamento querido
Lindo, a poetar contente

Em versos e ondas
vive ele a explanar
o que de verdade ele sente

E nós, em boas leituras
podemos conhecer
um amigo que espalha sementes

Anorkinda
(Ao poetamigo José Lindomar Cabral)
 

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LUZ DA VOZ FEMININA

Ah...foi dentro do coração
de uma menina pequenina
que a poesia formatou-se
em luz dourada de emoção

Em lágrimas e intensidade
temperou-se o verso
e a doce voz feminina
jorrou sua sensibilidade

Ah...inspiração abençoada
agradeço por mostrar-nos
em feminilidades expostas
que assim sejamos mais respeitadas!

Anorkinda

(para A POETISA VIVIANE RAMOS)

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LUZ SERENA

D. Serena
serenamente
vinha pelo caminho
de letras e flores
e amores em versos

D. Luz
luzidia
piscou a sua frente
com um sorrisão
e na mão uma rima

D. Serena
luziu
em covinhas
de simpatia

D. Luz
serenou
o coração
de poesia

Luz Serena
é a parceria
de sabores e cores
estelares de emoção

Anorkinda

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MAIS ALÉM

Além das nuvens
Há um sonho

Além do jardim
Há um sorriso

Além das cores
Tem mil sonhos

Além de mim
Tem mil sorrisos

Além de ti
Há um paraíso!

Anorkinda
(para Sirius A)

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 MAVIE LOUZADA


M ovimentou-se o céu imenso
A rmou-se a luz do ouro
V ibrou no peito teu
I ncendiou a vida
E ntornou-se o cântaro

L ua de prata estendeu o lume
O stras soltaram pérolas
U niram-se estrela cadentes
Z uniram movimentos astrais
A leluias foram sopradas
D eus das alturas esmerou-se
A bençoando a menina dourada

Anorkinda

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No cais do encontro

No encontro de Iansã e Oxum
enquanto as águas dançavam
ao sopro e ritmo de Iansã
Oxum vertia seu puro amor

No encontro das admirações
enquanto o frio arrepiava
a alma e o sol se despedia
o abraço aquecia o coração

No encontro da diva e o cais
enquanto as energias bailavam
ao redor e os olhos brilhavam
a magia fazia uma imensa festa

Anorkinda

 

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O MAR DA MAR

Ele bate e volta
no peito brando
dela...

Ele vai e volta
emoção forte
dela...

Ele inunda
e o sal
vira lágrima
nela...

Ele arrebata
e a espuma
vira carícia
nela...

Mar de amar
por ela...

Mar, areia
e ela...

Anorkinda
(para Marcia Poesia de Sá)

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O REI POETA

Seu poder inscrevia
em cada edito real
versos cândidos de natural
veia nobre e profunda maestria

Sua lei obedecia
a norma literal
de respeitar todo pessoal
que de inspiração, escrevia

Seu poder atraía
o leitor mais formal
e também o normal
que precisava cura e recebia

Sua lei principal
foi particularmente especial
decretava como prioridade
o amor em qualquer idade

Anorkinda
(para Rui E L Tavares)

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O VELHO POETA

Estampou-se no peito gaudério
o dom matreiro e ligeiro
de versar em maestria

Espantou-se, o velho poeta,
com o reconhecimento verdadeiro
dos leitores de poesia

Embriagou-se de doces versos
no tom do poema caseiro
tempero de harmonia

Enamorou-se pra sempre,
o meu amigo salameiro*,
de estar em boa companhia!

Anorkinda

(para o poeta Rui E L Tavares)

*salameiro = termo usado por minha avó para designar pessoas que gostam de elogiar e agradar a todos.

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 Os encantos de Diogo


Ah...poeta que encanta
porque sua voz
faz-se verso

Ardente, nunca inocente
Diogo cativa
pelo grito

Ah...poeta, teu grito
transcende
a poesia

Revela e nada esconde
Diogo eterniza
o que acredita

Anorkinda

Para Diogo Dias Fernandes

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Palavra de fã

Me espelho
reflexo
dourado

Me palavra
no verso
cuidado

Me cativa
no abraço
apertado

Me guio
tua fã
em delírio

Anorkinda
(para Amélia de Morais)

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Para Angela

É muito gostoso
tentar explicar
uma amizade

Dá uma cosquinha
dentro do peito
dá uma vontade

De abraçar de novo
e de afagar o rosto
em serenidade

É muito prazeroso
tentar versejar
uma amizade

Dá um arrepio
dos dedos
dá uma vontade

De viajar pro Rio
e de andar sorrindo
pela maravilhosa cidade!

Anorkinda
(para Angela Chagas)

 

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Poema Pimenta


Acredito que o poeta
transparece no poema
Tenho dito ao esteta:
a raiz de todo problema
está na vida pregressa
porque o poema acessa
aquela veia inconsciente
até mesmo a inconsequente
ideia que vai na cabeça
poetaço, nunca esqueça:
a tua alma todos vêem!

Anorkinda
(Ao poeta Marçal Filho)

 

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Pra você

A sensibilidade
toda cor-de-rosa
de um coração
que ama em prosa

A felicidade
em vertiginosa
revoada até
o seu coração
de moça prosa

A benignidade
toda primorosa
de um coração
que ao mundo abraça

A terna amizade
em caudalosa
vertente até
o seu coração
de encanto e graça

Anorkinda

(para Marisa Rosa Cabral)

 

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Presente de Mar

Ela conhecia a magia
e de seu jardim de cores
e admiráveis versos-flores
Ela transportou-se virtual

Ela veio munida de amor
e com seu destro regador
Ela borrifou-nos com poesia

Ela possuía a delicadeza
e de seu coração artista
e em movimento altruísta
Ela mostrou-se real

Ela é esteio e paz
e por ela sou capaz
de ser dela, natureza

Anorkinda

(a Marcia Poesia de Sá)

 

 

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Quebrou o pequeno desatino

Da inspiração violentada
desatino
Da canção desgraçada
pequeno
desatino
Da cor ofuscada
quebrou
o pequeno desatino

Do rei ajoelhado
louco 
Do espelho quebrado
louco
não sei
Do general aposentado
morto louco não sei

Dos sinos da loucura
Dos jardins da Babilônia
o rei babava

Anorkinda
(ao poema ME QUEBROU O PEQUENO DESATINO de RODRIGO ARCADIA)
 

 

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Quis


Ouvi um chilrear
manso
Era delírio em verso
Meiguice

Ouvi um tocar
brando
O brilho do universo
Síntese

Quis mais
do mesmo
cantar

Quis em tais
acordes
me encantar

Anorkinda

(para o poeta Ft Fernandes)
 

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QUISERA EU

Apesar de também ser urbana
quisera eu ter o poder
nas linhas do verso

E tal qual Alex Poeta Urbano
quisera eu também saber
entreter o Universo

Na exposição do pensamento
quisera eu deter o tecer
de ideias no fino verso

Apesar de fã em agradecimento
quisera eu também saber
arder teu universo

Anorkinda

(ao poeta Alex Urbano)

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ROSA AMÉLIA

É Flor
é amarela

É loira
é mulher

É Rosa
é Amélia

É força
é capricho

É Arte
é artista

É pétala
É poesia!

Anorkinda
(a Amélia Veloso de Morais)

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Serena Estrela

Certo verso
um dia nasceu

Era encantado...

Ele logo
subiu ao céu

Foi chamado...

Por uma estrela
poetisa

Ela amava um bocado...

Ela sorri, serena
e profetiza

Você, verso, é abençoado...

E as cores
do céu

Pintaram-lhe em bordado....

E o verso
floresceu

De estrelas incrustado...

Anorkinda
(Para minha amiga Lena Serena)

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SERELENA

De longe
bem longe
cidade distante
uma luz piscou
e Serelena sorriu

De longe 
meio longe
cidade desconhecida
D. Luz se atrasou
e Serelena acenou

De perto
bem de pertinho
felicidade presente
um abraço ficou
iluminado e serenou

Anorkinda
(para Lena Ferreira-o encontro)

 

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SINTÔNICO PENSAR

Atônito fica meu olhar
nas vezes coincididas
que começamos a falar

Afônico fica meu falar
nas vezes aturdidas
que sorrimos a espantar

Único é meu espantar
nas vezes repetidas
que sincronizamos o olhar

Nesse nosso sintônico pensar!

Anorkinda
(PARA AS AMIGAS-MOSQUETEIRAS - Lena Ferreira, Márcia Poesia de Sá e Viviane Ramos)

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SOB O OLHAR DE QUINTANA

Sob o calor forte de dezembro
a matar a sede e a curiosidade
Sentamo-nos à sombra
de sua cálida hospitalidade

Sob o olhar do poeta Quintana
a aprovar o brinde da poesia
Conversamos a mundana
assuntos de fraterna harmonia

Sob o fulgor de mútua admiração
a saciar nossas personalidades
Festejamo-nos a condição 
de termos vizinhas nossas cidades

Sob o pulsar da cultura
a adentrar nossa sintonia
Conquistamos a altura
de sermos parceiros da fantasia

Anorkinda
(sobre o encontro com Rui E L Tavares na Casa de Cultura Mario Quintana)

 

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 Suspiro também


Sempre revelei a fonte de meus suspiros
a lírica da Arcádia que se fez presente
nos versos do menino arlequim e giramundo

Reclamo falta de condições para absorver
todo o sentimento que permeia cada verso
do poeta do cheirinho ácaro de biblioteca

Sonho escrever estrofes balanceadas
parecendo canções populares
e suspiro não saber assim verter

Queria também gritar este amor
eloquente de pierrô e colombina
disfarço o desafino neste verso branco

Anorkinda
(a Rodrigo Arcadia)

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UMA NOITE DE BRUXINHA

Anoiteceu e a lua brilhou bonito
A bruxinha piscou sorrindo
pronta pra aprontar

Saiu a navegar pelas estrelas
Ela sonhou com amores
parou pra suspirar

A madrugada foi pequena
pra tanto sonhar
e a bruxinha ... nem perto de cansar!

Anorkinda
(a Eliane Thomas)

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VISITA E TEMPORAL NA PROVÍNCIA DE SÃO PEDRO

Passeando pela cidade
ruas, árvores e parques
turistas da amizade
conversas, compras e risos

Visitando a cidade
foto, poses e cenários
amigas na tarde
lanche, alegria e poesia

Escurecendo na cidade
vento, poeira e correria
momentos de tempestade
chuvarada, raio e trovão

Agradecendo em felicidade
bêmção de São Pedro
pois escapamos de verdade
da água, do caos e do perigo

Anorkinda
(visita de Lena Ferreira e Angela Chagas)

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Viviane...


Poesia feminina...
Em ti, menina,
está a força do verso
o sangue e a dor
de ser, da vida,
a flor!

Anorkinda