Duendes e Fadas

 

Anjinha fadinha

estava ela a espalhar
seus sonhos pelo ar

sorrindo estrelas
a pequenina anja

via
pessoas a esperar
a lição de amar

que a doce
e pequenina fada

sabia bem ensinar
através da meiguice
do olhar

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)

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Amiguinho azul

Fui contente passear pelos jardins floridos
O dia era belo, com o sol quentinho a clarear
e um vento morninho me fazia cócegas na pele

Não resisto ao encanto das flores coloridas
tão miúdas, as silvestres, boas pra enfeitar
minha casa de bonecas, branquinha como a neve

De repente não mais de flores eram os caminhos
mas cogumelos vermelhinhos enchiam o lugar
e ali eu conheci um amiguinho azul celeste

Ele contou-me os segredos de todas as fadinhas
elas viviam no jardim das flores de enfeitar
semeando sempre ao sabor do vento leste

Voltei rápida e contente, louca pra contar
pra vocês que quem faz amigos sempre vive bem
e pode descobrir o colorido que a vida tem

Neide Escada da Rosa

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 A Fadinha teimosa


Ela queria uma caminha pra dormir
Ela queria um teto pra olhar
quando deitasse cansada de voar

Assim que a Fadinha teimosa
encontrou aquela casinha
bonita da amarela passarinha

Aninhou-se feliz e contente

A dona da casinha ficou de fora
ficou triste a piar
Fadinha amiga veio consolar

- Teimosinha, você tem que sair
é da amarela passarinha
esta confortável casinha!

Pedimos às crianças uma ideia inteligente:
Onde pode a Fadinha morar?

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)

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Casinha branca na Floresta Encantada

Eu quero morar numa casinha branca
na floresta encantada, Reino da Fada!

Eu quero dormir numa caminha fofa
no quarto dos sonhos verdes sem paredes!

Eu quero brincar na clareira da dança
onde tem música animada e passarada!

Eu quero sorrir na festa da Balofa
onde tem doces banquetes e sorvetes!

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)

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CIRANDA DAS FADINHAS

No pé de roseira branca
viemos brincar e rodar
Amigas de mãos dadas
viemos rir e festejar

No jardim da tua casa
viemos voar e girar
Amigas bem encantadas
viemos iluminar e doar

No passo da ciranda
viemos alegrar e cantar
Lindas e coloridas fadas
somos do Reino do Ar

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)

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Encontro marcado

Foi num dia de vento
No cogumelo vermelho
da floresta do catavento

Nosso encontro foi marcado
Na praça Norte do Coelho
onde o tempo fica parado

Nosso chá com bolinho
Na cabeça do cogumelo
estava bem quentinho

Nosso doce divertimento
com o sorriso mais belo
foi curtir aquele momento

Nosso dia de vento encantado
refletiu como espelho
o carinho transbordado

Foi com uma alegria de festa
e com tinta sabor caramelo
que escrevemos felicidade na testa

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)

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Fada Mar

Perdeu-se em devaneios pela floresta
Uma fadinha de cachinhos cor do ouro
Amiga dos animaizinhos, passava as tardes
Ouvindo histórias da rica floresta

A fadinha chamava-se Mar
Tinha a profundidade suave do oceano
Rica em beleza e dons de artista
Passava as noites lembrando do mar

Nunca mais quis sair da floresta
Perdendo-se ali encontrou seu lugar
A fadinha era feita de puro sonhar
Sorrindo encantamentos, colorindo a floresta

A fadinha modificou seu cantar
No grandioso reino das folhas verdes
Agora ali era sua casa e perfeita inspiração
Passava as manhãs ouvindo pássaros cantar

Neide Escada da Rosa
(ANORKINDA)

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FADINHAS DO AMOR

Sempre juntas elas trabalham
mas parece que brincam sempre

Vestidas na cor rosa elas bailam
e parece que de pétalas estão vestidas

As fadinhas do amor por aí espalham
um perfume doce, assinatura de fadinhas

Sempre felizes elas desfilam
mas parece que sorriem sempre

Carinhosas nos gestos que falam
e parecem escrever palavras carinhosas

As fadinhas do amor por aí derramam
uma chuva cheirosa, presente de fadinhas

Neide Escada da Rosa
Anorkinda

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JARDINEIRAS

Cada vaso de flor
ou plantinha verde
Recebe o cuidado
de fadinhas-jardineiras

Recebe energia de amor
e carinho também
Toda flor tem
suas fadinhas-madrinhas

Cada pétala de cor
ou folha verdinha
Tem a alegria
de fadinhas-faceiras

Neide Escada da Rosa
(ANORKINDA)

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 No espelho d'água da Sereia


Lá nas águas do mar
as ondas encresparam
e elas me contaram
a história da Sereia

Ela era filha de Netuno
o Pai do Fundo do Mar
ela era amiga da areia
e vinha sempre à praia

Foi aqui, na beira-mar
que Sereia conheceu
um homem encantado
Ela logo se apaixonou

Mas o rapaz era gente
e ela vivia no oceano
Ficaram muito amigos
mas um dia ele casou

Com uma moça da cidade
Sereia chorou e chorou
e a areia nao mais visitou
Só conversava sozinha

No espelho d'água
do fundo do mar
As ondas disseram
que sentem saudades

da amiga da praia!

Neide Escada da Rosa

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O DUENDE SANOJ

Certa vez um duende
Lembrou-se de uma travessura
Que aprontou a um 'gente grande'
Ele me contou esta aventura...

Sanoj era o nome dele
Serelepe e sorridente
Que belo dia era aquele
Que ele tinha pela frente...

No meio da floresta
Sanoj avistou uma fogueira:
- Oba, será que tem festa?
Vibrou ele de alegria faceira.

Mas ao chegar perto
Meu amigo duende viu
Um 'gente grande' esperto
Esperando a noite e o frio

Sanoj logo sorriu
- É hoje que me divirto!
Feito um inseto zuniu.
O homem pensou que era mosquito

Fez fumaça e pulou
O duende continuava
O zunido só aumentou
O 'gente grande' se estabanava!

De um pulo o duende
Apagou a fogueira.
Assustado o 'gente grande'
Encheu-se de coceira!

Mas com a luz da lua
O homem viu Sanoj
- Ah! Isso é obra tua!
- Agora é que tu não foge!

O duende ria de satisfação:
- Nada é melhor do que rir!
E se preparava para mais diversão
Se aprontando para curtir!

Mas o 'gente grande' já sabia
Conhecia a fama de Sanoj.
E bem depressa ele repetia:
- Jonas Jonas Jonas, tu não foge!

Ouvindo seu nome ao contrário
O duende vai embora
Para de brincar no imaginário
E desaparece sem demora!

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)

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POTE DA SORTE

No fim de cada arco-íris
Tem um pote de ouro
Vá lá, desfrute e peça bis!
Este presente é tão puro!

Nada compra e ninguém diz
Qua vai um dia acabar.
É como um chafariz
De cores espalhadas pelo ar.

Cores douradas a brilhar
Tesouro de um mágico pote.
Apanhado em um sonhar
De quem sabe aproveitar a boa sorte!

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)

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SOPA DE DUENDE

Pintou na cabeça, uma ideia:
-Vamos fazer uma sopa gostosa!
Com o friozinho do inverno na floresta
Não havia coisa melhor!

-Mas quem vai fazer?
Todos juntos aceitaram por mãos à obra...
Com amizade e empenho, tudo dá certo,
Não tem erro nem corpo mole!

Cada duende colocou o seu pitaco,
o seu tempero preferido bem fresquinho...
Com os ingredientes da mata
Não tinha nada mais saudável!

Foi divertido, principalmente ver a coisa ferver...
Deu sopa pra todos se refestelarem na comilança!
Tomando cuidado com o fogo
Não tem perigo que ameace!

Neide Escada da Rosa
(Anorkinda)