com MÁRCIA POESIA DE SÁ

 

 

A CEGUEIRA DOS INSENSÍVEIS

Fico imaginando que cores
fazem parte do cenário
dos seres insensíveis...

Que tipo de atmosfera
permeia os sentidos
das pessoas inflexíveis...

Que tipo de amor
eles pensam possíveis...
que veias permeiam
esses invisíveis...

Fico desejando que dores
não lhes sejam atingiveis,
que eles se derretam
com as pétalas disponíveis

Em sorrisos de criança,
em afagos de poeta,
em brisas de versos
ou na simples esperança...

Que tenham coração de criança
e como tal, sejam divinos!
que sejam os presidentes, meninos
brincando com o mundo em pião...

Fico visualizando os sabores
da vida largada em sonhos
onde as pessoas não temem
o fruto doce dos intangíveis

sentimentos e ardores,
emoções e devaneios
dos fugazes beijos
nos ares rarefeitos...

Fico a sonhar com o perfeito...
prefeito nem sabe que existo
sou um poeta gritando
na beira de um imenso abismo!

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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Abrindo o coração

Estou vendo a luz do sol
que ao longe me abraça os olhos...
Estou sentindo o frio da noite
que aos poucos me abandona no solo

Estou vendo raiar a esperança
que como dança faz iniciar a canção
estou sentindo meu coração...
Que como criança, te busca para brincar

Estou sendo a princesa do sol
que te espera na luz dos olhos...
Estou abrindo o coração da noite
para inundar-te de estrelas os poros

Estou sendo a doçura com esperança
que aninha um mundo inteiro na canção...
Estou abrindo teu coração
para alcançar-te, felicidade de amar

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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A(MANDO)


Natureza poesia me trouxe adormecida
abriu-me os olhos e me vi poetisa
dancei com as fadas em noite enluarada

Versos alados chegaram de mãos dadas
abriu-se o portal da inspiração
rimei com a lírica do meu coração

Adormeci em teus braços de versos
diversos mundos conheci

Amando-te mais que a meu verso
inverso final de uma mesma canção

que te li...

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

 

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Apaixonada

Ando apaixonada, calada, vendo estrelas todo dia...
e o vento do mar que sopra em mim, entoa melodias
quando as cores de minha arte, me fazem decolar

Ando apaixonada, sonhando com tua voz e teu sorriso
falar que te adoro já nem é mais preciso
meus olhos dizem tudo em meu lugar...

Em verso e prosa, ando enamorada...
e castigo as letras ao tentar te traduzir
quero o teu perfume delicado a me fazer sorrir

Em pétala de rosa, alada por teu amor
suspiro em rimas e em cores
meus sonhos revelam teus ardores

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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Ardência de linhas
.
Venha me escrever sozinha
numa noite de lua quase sem consciência
venha me escrever em linhas
neste poema obsceno, neste beijar de rimas!
.
Venha, inspiração minha
com o sol das impermanências
venha me afagar os versos
deste poema caliente, num fulgor de obra-prima!
.
Venha, faz de mim tua rima...
toca-me em meu verso mais escuso...
aquele obtuso, o que não quero versar
e diga-me amor o que sentes
quando este meu verso te faz excitar...
.
Venha, minha obra-prima
completa-me a melhor estrofe...
naquele abraço que não se quer largar
e traduza-me à língua
quando estiveres a me recitar...
.
Traduzindo-te assim versejo
no beijo que sei que hei de dar
minha poetisa do desejo
meu verso sempre há de te buscar!

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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Aspirações e poesia

Já não quero saber se é amor
nem da possibilidade de sentirmos dor
quero só a verdade de nossas peles
Repelindo tudo que não seja fervor

Quero os beijos mais doces
Abolindo qualquer rancor
Já não dispenso os romances
Em cores e novas nuances

Almejo uma noite de sonho
Palavras rimadas em calor
olhos que vêem o infinito
Em sonhos gotejantes de amor

Bocas que declamam versos
em sarau na madrugada
Almejo a inspiração completa
para nos traduzir na palavra

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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 BEIJO DE MAR NO CÉU


Alegria...me deixa contente
O dia de sol iridescente...
O banho de mar revigorante...
O beijo de amor incandescente...

Folia...em meu coração adolescente...
É te ver dançar, luminescente...
É sentir teu abraço amante...
É te amar em gosto efervescente...

É borbulhar como água fervente
e no nosso morno mar esmeralda
saber abraçar uma fada alada
na imensidão de um mar dormente

Sonhar, tocar...sentir versejar
imaginar...dar a entender...
Ser a poetisa do calor
no silêncio de nosso amor

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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 BRINCANDO NAS NUVENS


Me dê a mão, fadinha...sentes o vento?
Vamos voar, amiga das letras...
Sinto uma nuvem de algodão nos chamar
e meus pés já não tocam o chão...

Hum...vem anjinha, amiga do sol
me dê a ternura de teu olhar
e vamos fazer mágicas com o tempo
brincando soltas pela imensidão...

Fazendo bolhas de sabão
a gente voa nas alturas
e brinca de fazer sorrir
todas as carinhas carrancudas...

Aprontando toda confusão
vamos o céu colorir
sentir o afago da alegria
e vestir a pele das ternuras...

Pega tua varinha e eu pego a minha
e vamos correndo abraçadinhas
para além do céu azul...fazer chuvas
de gotas coloridinhas?

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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BURRA INCONSEQUÊNCIA

QUANDO UMA FOLHA AQUECE
UM BICHO DESAPARECE
A NATUREZA ENTRISTECE
O HOMEM SOME, E ESQUECE.....

O DIA NUBLA NO PEITO
O HOMEM NÃO TEM JEITO
E ATORDOA NO DESRESPEITO
JULGANDO-SE PERFEITO

POBRE SER LIQUEFEITO
DA BOMBA, NÃO TERÁ JEITO
EXPLODIRÁ NUM EFEITO
PEDAÇOS DO QUE LHE É FEITO

O HOMEM IMENSA CRIATURA
CEGA NESTA MAGISTRATURA
FACULDADE DE SENTIR
ELE É SÓ CRIATURA BURRA

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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CÁ DENTRO

Inseriu-se lentamente
num toque de desassossego
e o leitor sentiu-se tonto
com medo do brinquedo

A poesia fez-se luz
brindava ao puro amor
retirava espinhos de dor
abria sorrisos espontâneos

Brincava com versos na chuva
saltava corda ao sol
repintava as releituras
em poesia de arrebol

Campo claro, noite escura
em cascata de estrelas
madrugada se esconde
manhã raia na areia

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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CASAMENTO NO REINO DAS FLORES

O Rei Lírio decretou:
Feriado floral!
Uma festa sem igual
foi o que se preparou

Para o casamento
mais especial
daquele reino surreal!
Uma união de encantamento!

Cada ser encantado
queria contribuir de fato
para a mais bela festa
deste casal alado.

Os noivos brilhavam nos céus
batendo asas, felizes!
A observar, os duendes
decoravam de sol todas as raizes.

Os anjinhos da flor do lótus
correram logo pra colorir
tudo com a mais pura luz!
Até a atmosfera parecia sorrir!

Begônias e campânulas
enfeitaram o salão.
A flâmula da harmonia
balançava de emoção!

Bem-te-vis em seus postos
anunciavam a chegada
dos noivos e convidados,
dando assim as boas vindas.

Outros pássaros formavam
uma orquestra sensorial.
E gotas de orvalho
iluminavam o candelabro principal!

O alado casal, embevecido
com a importância
deste momento, agradecido
emanava amor e constância.

O arauto anunciou
o começo da cerimônia.
Num desfile de cores
sobre pétalas se caminhou

Até o altar Real
onde Rei Lírio
reconheceu no casal
a sintonia do amor.

A floresta os abençoava
e a esta união davam graças!
Todo o cosmo por eles conspirava
Onde a felicidade se fez alada...

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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COLHEMOS ESTRELAS

Passeamos pela noite dos versos
e trouxemos estrelas variadas:
Estrelas de pontinhas afiadas
pra espetar o Rei dos Universos

Estrelas levemente douradas
para amolecer com ouro
o mais duro couro
Colhemos nas madrugadas

Observando a colheita
luas, cometas e estrelas
Seguimos assim fagueiras
E o sol nos aguarda na espreita

Continuamos distribuindo
Estrelas em cores de aquarelas
Azuis, vermelhas e amarelas
Íamos de mãos dadas e sorrindo

E o céu foi todo assim, se mesclando
De uma beleza cristalina e infinita
A mesma que trazemos para nossa vida
E a poesia mais uma vez saiu ganhando

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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Confissões

Confesso que penso e em meu pensamento
Adentro... Rabiscando teus traços
Abraços confessos
Lânguidos sussurros, travessos
Confesso que sonho...
Sonhos em carmim e lenços de seda
Que bailam o ventre da terra, confesso

Confissões de mim e meu sentimento
Disperso...Delineando teus beijos
Desejos avessos
Incendiários toques, macios
Confissões de sonhos...
Sonho com os elementos nossos
Que formam paisagens, confissões

Confesso então aos lençóis
Calientes desejos encobertos
Sonhos efervescentes em desertos, incertos
Confesso...confesso...digo a ti
Todos os meus versos...
Reversos, desconexos... completos
Entre labaredas escrevo
Minhas confissões e nossos desejos

Confissões ardentes, sussurradas
Tais gritos descobertos
Pelas escuridões das madrugadas, luxúrias
Confesso...confesso...por mim
e meus avessos...
Controversos, dispersos...complexos
Por nossos momentos, eu peço:
Confessemos de novo...e de novo...

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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 Doces sabores


Pirulito colorido
Dança assim sem parar

Vermelho vira tingido
refrescando teu olhar

O azul vira amarelo
e na lingua se desfaz

Doce sabor de infância
eu não canso, quero mais...

Pirulito divertido
Quando acaba vou brincar

Palito vira brinquedo
acompanhando meu sonhar

Um avião vira barquinho
que na água vai navegar

Doce enleio de criança
eu me divirto sem parar...

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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ESPELHO POÉTICO

Em espelho de mim o que mostra?
Em reflexo, o que me demonstra?
Em devaneio posso seguir as luzes
posso seguir as mais brilhantes cores.

Em superação de mim o que demonstro?
Em reflexão o que faz de mim um monstro?
Sem recheio de pequenas ilusões
posso conseguir fugir das solidões.

Rastreio meu íntimo em indecisões
mesmo que a certeza me abrace
Sou poeta de incoerências
sou palavra em brasa

Por isso uso a maiúscula, preciso gritar!
Ouçam-me, incautos leitores
vou erupcionar!

Sou verso em delirius tremens
sou o puro verso, louco, insano
poético... a voar!

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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Espelhos de mim

Hoje desfiz as neblinas
soprei para longe as névoas
deixei que despencassem os espelhos
tirei a máscara da face do sol

Hoje entorpeci meus neuronios
com realidades praticas
amassei poemas antigos
Queimei os sonhos mais lindos

Hoje refiz armaduras
Enganei o rumo do vento
Troquei os nomes dos silêncios
Dei partida a uma nova vida

Dos cacos que no chão deixei
apenas fragmentos de mim haviam
levanto os olhos para além das muralhas
E me vejo mais uma vez inteira no reflexo

Vejo a mulher sensível e dúbia que sou
Plena em impermanências
Com um futuro a ser traçado
No presente, afortunada dádiva

Concluo pendências do coração
Apenas permitindo-me sentir
A suave brisa da eternidade
Que permeia-me os sentidos


Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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Faceirice

Abraço o urso tão fofo
embriago a boneca
de chá com biscoito

Enlaço o brinquedo novo
tropeço na amarelinha
riscando o chão afoito

Pulo a corda encantada
atada a estrelas cadentes

Voo em cometa dourado
pintado por toda gente

Depois adormeço em nuvem...
e sonho que estou sonhando

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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GUERREIROS DA PAZ

Verdes folhas de meu lar...
Anseio tanto resguardar...
Não saberia ser diferente
Sou terra, agua, fogo e ar

Força guerreira a gritar...
Cuidado...vá devagar...
Homem branco impaciente
Respeite a terra, seu lar

Nosso peito, sem dó
é igual em batida ritmada
Inspire a energia e louve-a
Ela é da eternidade, o pó

Una os caminhos num só
tire as rochas da estrada
abrace a mata e sinta-a
Ela precisa existir, por nós!

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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Inefável inspiração

Somos todos viajantes deste infinito espaço
como todos bons amantes
atores do mesmo palco
pássaros alados do destino
perdidos em meio as tintas
rebuscam a tela virgem
e fazem nós obras primas de nós mesmos

Pincelam em nosso livro da vida
experiências de texturas
cores novas de luz
e esperança de assinatura

Assim despertas o dia em mim
inefável inspiração na luz
do amanhecer que me dedicas
nas cores que te formam

Raiando um dia assim
terno em amores
repleto dos sabores
que por amor a mim abdicas

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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ÍNTIMO E PESSOAL

Por que presumimos conhecer
o interior de um ser?

Por que presumimos amar
quem de nada entende o amor?
E nesta vastidão de torpor
nos perdemos em mares de sal
impetuosa alma abissal.

Por que insistimos reconhecer
o sabor de um querer?
A doçura de quem nem se provou?

Por que insistmos arriscar
nosso bem-estar em nome do amor?
E nesta divagação sem temor
nos percorremos no imortal
universo íntimo pessoal.

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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 Livre pra brincar


De saia que nada
quero a liberdade
de um calçãozinho

Quero pular corda
brincar de mocinha
Quero andar descalça

Tenho medo de nada
quero celebrar a idade
de fantasiar sozinha

Quero jogar pique
e apitar o trenzinho
Jogar bola na chuva
Descer de skate no limbo

Surfar minhas ondas azuis
Comer manga com caroço
Quero mergulho de rio
E a liberdade de um assovio. 

Tranças desfeitas ao vento...
Saia amarrada nas pernas
botas ao invés de fitas
sorriso aberto ao incerto

Anorkinda e Marcia Poesia de Sá

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MAR, AMOR, AMAR

amar o mar em mar de amor
amor às ondas, inundar de amor
amar-te em mar e sabor
e amando assim maremoto será...

amar em mar e calor
velejar em teu mar e me perder...
amor aos ventos do amor
e me achar náufrago de você....
velas de tanto querer

minha profundidade azul te reluz
em mar de paz e luz
contraposto sonho e realidade
tudo se sobrepõe à naturalidade
meu mar, meu amor, meu amar...
lágrimas e águas em sal

quero cortar tuas águas e pousar
amar-te em pleno mar
e nosso mar será amar
amando mais que desejar
num manso flutuar
de ondas quentes sobre o mar

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda



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Mergulho poético
.
O que se faz com as frases
escritas nos subterrâneos das peles?
nas auras de si escondidas
no amálgama fervente que impeles?
.
Onde esconder as rimas
fervidas em sangue quente?
E as buscas de si mesmo
onde guardar, em que recipiente?
.
Como ler e reler o que foi escrito?
dito ou não dito, apenas emoções latentes...
Como rever este diário, imaginário
itinerário perfeito de minha alma ausente?
.
Vou seguir os devaneios cheios
e tragar as brisas frias da poesia...
Escolhi desprezar técnicas tétricas
para absorver-me no enleio da fantasia...
.
E se não me compreendo, enfim me assisto!
no palco vazio de meu próprio cismo
na rara vagueza do ar...iluminar
os sótãos de minha memória escrita.
.
Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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Na pureza do lótus

Mergulhei em um rio transparente em meio a mata fechada...
com olhos cerrados te vi...nadando em meio as algas
Linda criatura dourada que fala-me de mágicas...

Sou um ser repleto dos puros amanheceres...
Sigo as águas mornas da paixão pela vida
Seja bem-vinda, beleza do raio de sol...

Encantas-me beleza tanta...de alma visível
permite-me nadar ao teu redor
e sentir os raios que se desprendem de ti
e iluminam meu caminho de amor

Venha comigo , te mostrarei os mais encantadores
reinos de amores e sabores siderais...
Em tudo está o Todo e seus segredos
vamos contemplar de dentro da pureza...

Entrego-me a ti como em transe
leve-me onde quiseres...mostre-me o amor
Serei apenas brisa de poesia ecoando em tuas ventanias
E no mais belo e placido lago seremos ecos de lotus em ardor!

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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Nas entrelinhas do verso
.
Poesia, tão faceira
brinca fagueira
com o tempo
.
Me consome
e absorve
cada verso
.
Poesia, tao ritmada
faz a rimada
da eternidade:
.
no balanço de um parque
eis a poesia velada
poetisas crianças
brincando na madrugada
.
fazem balões coloridos
voarem pelas estradas
em rimas de improviso
cantadas pela metade
.
A poesia segue feliz
na longa noite
poetas loucos
bradam seus ideais
.
trazem bandeiras
coloridas de razão
em trovas e sonetos
que ecoam na cidade
.
Poesia tão garbosa
toda prosa
em sentimento
.
Me oferece
e aquece
o peito
.
Poesia, tão amada
tem a lufada
da amizade!
.
Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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Nossas Pétalas

Colham as minhas pétalas que deixei voar...
e as deixem na beira de um remanso
onde passarinhos possam lê-las...

Escolham as verdes paisagens a brilhar...
e convoquem os seres do tempo
para que traduzam estrelas...

Sondem os pensamentos dos anjos
e adentrem tranquilos neste jardim
onde o amor reina em voos brandos

Escondem a neblina nos beijos
e inundem com puros perfumes
para que em luz amanheçamos

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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NOSSA UNIÃO DE CORES

Nossos versos propagam cores mentais
Nossas mentes viajam em mundos astrais
Cores embrenham-se nos dias nublados
Transcendem imagens, abraçam abraços

Nossas cores viram versos sensuais
E a poesia se faz em alma e liberdade
Nossas viagens transcendem as esferas normais
De mãos dadas com as energias vitais

Distribuímos a paz
No sonho que satisfaz
No amor que ilumina a vida

Na união sublime e querida
Pincelamos aquarelas desta vida
E assinamos a obra mais bonita

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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O VOO DAS FADAS

Um unico sentir de almas
Na mesma vibração de luz
As sensações e razões conduz
Sermos irmãs no coração, e nas palmas...

Palmas das mãos que a tudo mostram
poesia que de nós escorre
um grande amor que em nós denota
uma alma livre que a todos brotam

Brotam das linhas das mãos
cartomante nos disse
uma união que já existe
versada dentro do coração

Uma promessa bendita
uma poesia pressentida
e as vezes, sonhos que voam...
e muitas vezes realidades sentidas

Nossa parceria bonita
nosso amor bem-vindo
nos tragando a emoção
de sermos fadas em voo de ilusão...

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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ONDINAS DO AMOR

Misteriosas como o amor
nadamos em éter úmido
Plasmamos o divino amor
Em águas de azul profundo

Um balet de movimentos causamos
E tantos sentires exalamos
Purificando a alma do mundo
nas cachoeiras em que cantamos

Graciosas em reino transparente
Amamos a cada segundo
Toda criatura encoberta ou aparente
Em devoção que abraça a todos

E neste abraço divino
Entre todos os seres que vemos
somos nós ondinas do destino
Versando toda poesia que temos

Anorkinda Neide e Márcia Poesia de Sá

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OS SONS DA CONTINUIDADE

Há no planeta um sopro azul...
Que aquece os corações, união e amor
Raios de esperança são lançados na imensidão...
Água, terra, fogo e ar...cantando a mesma canção

Há em nós um colorido de sonho...
Que lança revoadas de luz e amor.
Energia de cristais são fortalecidas em fusão...
Astros, estrelas e nebulosas numa mesma missão.

Há no universo uma certeza de continuidade...
Que abraça com fé a luz, os animais e a humanidade.
Toda a natureza anda em festa...
É a sabedoria da renovação em cada face.

Há no verde das matas um vivo frescor...
Que alivia o falso prognóstico de dor.
As flores fazem a seresta...
É a música das esferas em novo enlace.

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

 

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Parceiras

Pelas areias e de mãos dadas,
vamos trilhando com carinho nossa história...

Pelos tempos e em versos doces,
vamos flutuando embevecidas com nossa memória...

Memória de entranhas fluidas....
De vidas futuras agarradas a gerações....

Sentindo mais do que pensando....
Vivendo mais do que passando....

Lembrando mais do que amando....
E assim poetizando....eternamente em nós.

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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POESIA SEM NOME

Minha poesia nasceu sem dor
sem nome ou sobrenome
nasceu sem parto sofrido

Meu verso assim desenibido
calado no peito, sentido
fatigado de sonhos, indeciso!
perdido num mar colorido

Estes versos ficaram sós
sem amigos ou vontades
ficaram em pranto dorido

Este verso assim sem nome
destemido, bravo e guerreiro
arteiro, moleque, brica comigo...
comendo as rimas, sofrido

A poesia quando cega
surda ou muda
é vítima de um ritmo batido

E depois de tanto ir...
a caminhos do porvir
volta cansado, arrasado
cheio de idéias, nada contido

Anorkinda e Marcia Poesia de Sá

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Portal da paz

Caminhava por um campo de encanto
e a cada canto, podia sentir

A luz de todas as cores a brilhar
Um mar de amor florido, reluzir

Um arco em minha iris coloriu
e flores de um violeta ao anil

Emanava das águas um profundo
sentimento de amparo e calor

A piscar, todas as presenças
da natureza em seu fervor

Me abraçavam, eu sorri
um portal de paz se abriu

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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Rumos da poesia

Estava eu sentada no lago
quando a vi passar apressada...
Perguntei aonde vais poesia?
Ela disse vou em busca do sol...

Por um minuto pensei
Mas aonde ela vai?
Na verdade não sei...

A poesia vai
Aonde os olhos a tateiem
Na imensidão do verso perdido
Na clareza de um sentir...

A poesia sai
Ao rumo da inspiração
Nas curvas do vento ensandecido
Na trilha dos amores...

É...extasiada, verifiquei...
A poesia se esvai
Nas rimas onde a busquei

Precisava eu de uma cura
pra almas perturbadas...
Encontrei no rumo dos poemas
O bálsamo transcendental!

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda Neide

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Sentires e poetares

Sinto meu mar em lua cheia
Cheia sinto este meu mar
Mar de tantos mares em cheias
Cheias águas de meu mar

Minto à lua descarada noite
Noite minto meu poetar
Poetar de tantos versos noites
Noites luares do meu poetar

Poetar de tantos açoites
Açoites de tanto versar
Versar meus sentires sem rumos
Rumos pra te encontrar

Encontrar-te deusa do mar
Mar de tantos luares
Luares que ajustam rumos
Rumos dos nossos poetares

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda Neide

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 Sinta-me


Desnuda-me
faça-me
pequena
ama-me

Derreta-me
torna-me
sedenta
suga-me

Degluta-me
Ingira meus sonhos
voe comigo...

Sinta
cale
desabe
unifique-se 

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

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UM AMOR DE BOLINHAS

Chovia na vila da serra
E nos jardins haviam duas bolinhas
uma cor do céu e outra amarelinha

A agua da chuva as uniu...
e elas logo se apaixonaram
Ficaram assim juntinhas
e muito namoraram...

Depois de doze dias uma surpresa surgiu
Foi visto no jardim da casa....
tantas bolitas de gude
em verdes tons de formosura...

Traziam a aura amarela
e o tom celeste azulado...
mas tinha uma bolinha verde
descendente do gramado

Uma bolita verde forte
esportista, botava todo mundo
pra brincar pular e exercitar
E era festa todo dia!

A chuva na serra passou
mas o jardim jamais foi o mesmo
era alegre e feliz
e tinha bolinhas pra todo lado...

Anorkinda e Marcia Poesia de Sá

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VARRENDO-TE

Será que consigo varrer-te de mim
Assim como poeira de sótão
como neve de varanda
simplesmente como um nada que se foi?

Será que tenho eficiência
em desfazer-me de ti
com a brisa da manhã
a soprar-te displicentemente e em paz?

Será que consigo te apagar
das entranhas de meu ser
e deixar uma leve brisa em teu lugar?
Será? Pergunto-me, será?

Será preciso perdoar
a mim, a ti, à vida
e suspirar o calmante ar,
será o melhor que me caberá?

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda

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Voo de borboletas

Coleguinhas borboletas...coloridas pelo sol
de lilases, framboesas...tantas cores no varal
voam juntas tão alegres rodeando o roseiral
o perfume que exalam é sentido no Nepal...

Amiguinhas coloridas, se divertem ao sol
voando perto, voando rápido e em paz
voar junto delas eu sou capaz
meu olhar devaneia e em cor se desfaz

Rodas, pétalas e flores, vejo...
Suaves cores de sol, almejo...
Poesia de uma foto, festejo...

Como expressar um sorriso
no largo campo colorido
de verdes e rouxinóis

Voar com borboletas
é deslizar nua pelo ar
em felicidade total

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá